ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Salto duplo

Figuras, movimentos, apoios e saídas.
Giros, balanços, travas
sem contato do chão.
Não sei quantas voltas já dei,
mas justamente falhei
no salto duplo sem rede.

Fui um acrobata que no final
não encontrou mais tua mão
no pulo que inaugura esta morte.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oba, poema novo!!!

Com aquele conhecido perfume de mistério e drama.

Cassandra disse...

Oi Gabriel!

Há alturas na alma desde as quais a tragédia deixa de ter o efeito de tragédia. A idéia cingida pelas tuas mãos, transmuta-as equivocadamente na ausência daquelas que as completam, o completam.
Bela amostra!!!
Tenha um bom dia.
Beijo.

Gabriel Gómez disse...

O importante não é tentar sempre voar, sem pensar que a mão pode ou não estar ai...?

Beijo, obrigado.

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