ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Da crônica da vida real


O investigador em inteligência artificial
desenvolveu um robô mensageiro
que transmite beijos a longa distância.
O dispositivo tem o formato de uma pequena bola
com lábios artificiais sensíveis ao tato.
A propaganda adverte que para que tudo funcione,
como no telefone,
se necessitam pelo menos dois.
Quando alguém quer beijar quem está longe,
segura o robô com paixão e beija seus lábios de silicone.
A outra parte faz o mesmo enquanto a pequena
maquina transmite o movimento de seus lábios
para quem está do outro lado.
Parece um beijo real, mas seu único defeito
é o barulho (assemelha-se a um porco),
o qual abaixa intensamente
o grau erótico da experiência.

Alguém poderia dizer-nos (ou perguntar ao inventor),
se é a solidão que faz
à maquina beijar
ou aproveitam a boca aberta
do mesmo bocejo?


(Extraído de uma notícia real)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Que livro você é?

Eu descobri que seria "Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. O link para descobrir essa identidade literária está no portal Educar para Crescer do Grupo Abril.
Na seção de testes você responde a uma série de perguntas que no final sugere um livro que tem a sua cara.
Além do título, o programa também tenta definir sua personalidade. Olha o que deu o meu...(Será?):

Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista, mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro... Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade - um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem.
"Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.

Quer ver qual livro você é? Faça o teste AQUI e depois me conte...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Livros publicados no Brasil que falam de outros livros, escritores, livrarias, livreiros e bibliotecas

Num extenso e detalhado artigo sobre "Livros publicados no Brasil que falam de outros livros, escritores, livrarias, livreiros e bibliotecas",  Maria de Jesus Nascimento, Doutora em Ciencias de la Información (Complutense, España). Professora do Curso de biblioteconomia e gestão da informação da Universidade de Estado de Santa Catarina, fornece um instrumento norteador do processo de seleção de coleções, capaz de ajudar o bibliotecário a formar acervos com obras que incentivem a leitura e contribuam para formar um país de leitores, com este fim levantou-se uma bibliografia através de busca a esmo, em livrarias, feiras de livros, bibliotecas, sites de livreiros e sebos, entre outros. Os 120 títulos, independentemente do gênero literário, falam de outros livros e de tudo que está relacionado ao mundo dos livros, daí o nome “livros trailers”, pois conduzem a outras leituras.
Com muito orgulho, meu livro de 2008, "A culpa é do Livro", foi uma das obras analisadas.

Leia o texto completo AQUI.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pausa


Desculpem... A vida anda corrida, terminando meu novo livro, acabando meu novo apartamento, para finalmente, mudar-me.

Volto logo... (?)

(Na verdade, pela frequencia de comentários e afins, poucos sentirão falta.)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O beijo

Um dos poemas que o poeta Carlito Azevedo apresentou na sua oficina no ano passado, foi “o beijo” de C. Tarkos, poeta francês que morreu em 2004. Além da sua singular leitura, o poema, mesmo traduzido ao português, é uma incrível música aos ouvidos e às sensações...



O BEIJO

Um beijo. Eles se beijam. Ele toma sua boca em sua boca, ela toma sua boca em sua boca, eles se beijam. Ele abre seus lábios à sua boca, à sua língua, ela abre seus lábios aos seus lábios, à sua boca, à sua língua, ela gira sua língua em sua boca, ele gira sua língua em sua boca, ele descobre seu beijo, ela descobre a sensação de seu beijo, sua língua doce em sua boca, sua língua doce contra sua língua, ele envolve sua língua em sua língua, ele a mistura, ela gira sua língua contra sua língua, eles se beijam, ela a mistura, eles se misturam, ela cede sua boca à sua boca, eles se dão um beijo, ela lhe dá um beijo e sua língua, ele acaricia sua língua em sua boca, ela acaricia sua língua em sua boca, ela o deixa entrar, eles se amam, sua língua está em sua boca, ela mete sua língua em sua boca, seus lábios estão colados contra seus lábios, ela acaricia sua língua contra sua língua que gira em sua boca contra sua língua, acaricia sua língua contra sua língua quente e oferecida, ele mete sua língua em sua boca, e então eles se amam, eles se beijam.

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