refúgios contra ataques, privacidades.
Vamos despovoando tipologias,
limitações, espaços íntimos, reservados.
Vamos movimentando vidraças, muros,
cortinas que afastam, mobiliários.
Vamos inabilitando quartos, terraços,
varandas, jardins ocultos, ocupados.
Vamos desertando territórios, paisagens,
cenários sólidos, lugares.
Vamos arrancando disfarces, anonimatos,
identidades.
Vamos abrindo chaves de portas,
cadeados, algemas das mãos.
Vamos soltando maçanetas, amarras,
cadarços de sapatos.
Vamos mudando para partir.
3 comentários:
Bom dia...
Lindo Gabriel!
Isto não é redundância porque a cada escrito, as tuas palavras contam novas maneiras de sentir, de (vi)ver.
Ainda, existem as coincidências da vida... momento de despovoar, arrancar, abrir, soltar... preparando a hora de cruzar a fronteira... sombra noturna... sem alternativa... parte da perfeita imensidade! (pena não sermos perfeitos...)
Beijos, até amanhã.
Alguns com mais bagagens que as necessárias, para uma viagem onde apenas levamos aquilo que já está dentro...
Beijo e obrigado!
Bom dia!
Quisera ter uma bagagem verdadeiramente digna (e nem sei... o que seria isso?!)
Rilke escreveu: " ...aceite sua sorte e a suporte, com seu peso e sua grandeza, sem perguntar nunca pela recompensa que poderia vir de fora..."
Beijo.
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