em alheias roupas
e pulsos.
Dissimuladas em nomes,
escondidos em ruídos,
sangue, tinta
e modos da dor.
Provocar-se
em palavras de outros,
imediatos, seguintes,
em outras vozes íntimas
que já parecem nossa voz.
Somos tantos (todos)
nos outros.
Ouve.
Quer dizer-nos algo...
Estamos nus.
(Eu me cubro com uma metáfora,
quase todas as noites,
com este mesmo som.)
quase todas as noites,
com este mesmo som.)
2 comentários:
Somos nos outros e, cada vez mais, não aceitamos ser em nós mesmos.
Intuitivamente queria ler... ganhei, li e aplaudi.
O silencio tem um sentido de inadequação de palavras.
E eles, tem caráter? Eles possuem uma falha tão forte de caráter que acham-se aptos a julgar os caracteres das outras pessoas. Por causa do medo que o outro o perceba e descubra a pequenez de seu interior, onde fervem sentimentos desajustados, inconseqüentes e, talvez, incontroláveis. A provocação é um enorme mecanismo de defesa, pois o que possuem, o que sentem ou as idéias e sentimentos são tão inconfessáveis, condenáveis ou egoístas, que não conseguem dividir com ninguém o que vai no meu coração, ou píor, reconhecer, admirar a grandeza do outro sem medo de parecer pequeno.
Eles estão descarrilados no trilho do tempo.
Somos nos outros sim, mas não em todos. Naqueles onde ouvimos...
Beijo!
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