ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os dias

Mesmo
caindo
imóveis
até o fundo
da boca
que passem
tão secos
caduquem
traduzam tudo
e depois não

os dias

pisoteiam
por onde ela passaria
e já não passa.

Porque
ainda novamente
Porque
hoje ainda.

Inútil dizer mais.

3 comentários:

Anônimo disse...

Da série "interprete vc mesmo"??
A parte final é emblemática.
Alias...

Cassandra disse...

Oi Gabriel!

Uma vez já disse, e repito: a desproporção entre o seu mérito (escritor) e a atenção de quem desfruta é certa!
Uma série de questões decorrentes se apresentam, sem respostas coerentes... ou talvez seleção?
Certa a ousadia do muito que escrevo, embora as palavras não sejam dirigidas exclusivamente ao "escritor" e sim, muito mais, ao amigo que admiro (o que ameniza meu atrevimento né? rsrsrs)
Mas,como entender tal silêncio (se não for teu)?
Beijos

Gabriel Gómez disse...

Cassandra... "Meu silêncio" literário é como carta extraviada que foi mandada: um dia chega,
e não. Como já disse, é provar-se em silêncios e vidas alheias...escondidos em outros vazios íntimos, na dor que falta, no olhar da voz.
Sou seu ventríloquo...
beijo, obrigado.

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