“É preciso encontrar: palavras, que servem de alimento ao hábito, mas que nos desviem destes objetos cujo conjunto nos atrela; objetos, que nos fazem escorregar do plano exterior (objetivo) à interioridade do sujeito.
Darei um só exemplo de palavra escorregadia. Digo PALAVRA: pode ser também a frase onde se insere a palavra, mas me limito à palavra silêncio. Da palavra ela já é, eu disse, a abolição do ruído que é a palavra; entre todas as palavras é a mais perversa, ou a mais poética: ela é a propria garantia de sua morte”.
Georges Bataille em “Experiência Interior” (na introdução do meu livro "Cerimônias do Silêncio")
Não,
o silêncio
apenas abusa em ouvir-se.
Nele a palavra
pássaro
não consegue voar.
Darei um só exemplo de palavra escorregadia. Digo PALAVRA: pode ser também a frase onde se insere a palavra, mas me limito à palavra silêncio. Da palavra ela já é, eu disse, a abolição do ruído que é a palavra; entre todas as palavras é a mais perversa, ou a mais poética: ela é a propria garantia de sua morte”.
Georges Bataille em “Experiência Interior” (na introdução do meu livro "Cerimônias do Silêncio")
Não,
o silêncio
apenas abusa em ouvir-se.
Nele a palavra
pássaro
não consegue voar.
O pássaro, sim.
Um comentário:
Gabriel,
Há silêncios e silêncios. Os seus sempre falam/voam em profundas e raras dimensões.
Belo!
abs.
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