Um centímetro de silêncio
entre nós.
Um livro aberto,
um muro,
um mapa,
vozes sem palavras.
Ouvir o escrito,
palpar o que sobe
por gargantas e desce
pelas mãos.
Poderia dizer nada,
mas olhos denunciam
que a vida arde
embaixo da linguagem
e cresce pulsando.
A voz morre à meia voz
e cala sempre sobre você.
Há ruídos míopes de corpos
quando quebram o que ocultam.
A boca só pode ser útil vazia.
[...] Ouve.
entre nós.
Um livro aberto,
um muro,
um mapa,
vozes sem palavras.
Ouvir o escrito,
palpar o que sobe
por gargantas e desce
pelas mãos.
Poderia dizer nada,
mas olhos denunciam
que a vida arde
embaixo da linguagem
e cresce pulsando.
A voz morre à meia voz
e cala sempre sobre você.
Há ruídos míopes de corpos
quando quebram o que ocultam.
A boca só pode ser útil vazia.
[...] Ouve.
Nada se parece ao que não sabemos dizer.
(Do livro "Cerimônias do Silêncio")
8 comentários:
Outro dos que mais gosto!
Bom ter voltado....
Bjs
Obrigado dona Ka... A viagem a Buenos Aires foi um pouco complicada (depois conto detalhes...), Muito frio e pouco tempo para fazer tudo... Mas como em setembro estamos novamente por lá, tudo bem... Beijo
"A vida como matéria prima da linguagem".
Lindíssima e real esta imagem!
Belo, como de costume.
abs.
Maria... Só enxergamos nos outros o que também possuímos... Obrigado, também como de costume...
Abraço.
Gosto muito de ruídos míopes. E desse subir por gargantas e descer pelas mãos. A vida arde embaixo da língua também. rs
Bjos
Roberta... Concordo com a resposta no teu blog. Mesmo quando para tentar conhecer nosso "eu", precisemos nos desconhecer melhor...
E por aqui já viu, né? Nossa boca cheia de palavras e silêncios continua sem ser útil...
É muito bom sempre te encontrar por aqui...
Beijo
Bellas palabras e interesante blog
un abrazo
Oscar
Gracias Oscar por visitar mis escritos... Te espero siempre por aqui... (cualquier cosa que no entiendas, el propio google tiene una ventana para traducir... no es perfecto pero se entiende...)
Abrazo.
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