ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Não alcança

Na pichação
dos grafites mudos
                           nos muros
                                        dos outros
acreditei dizê-lo tudo.

Nada disse.

Apenas neguei,
com letras alheias,
o que nomeia
                   e não alcança
                                      na própria saliva.

7 comentários:

Regina Carvalho disse...

Sou fã dos grafitti, tu sabes. Daí que só podia amar um poema assim. Achei lindo! bj

Rafael Castellar das Neves disse...

Bom, isso, hein? Fez-me pensar em um bocado de coisas agora...

[]s

Anônimo disse...

Olá, Gabriel.

Mais uma vez aqui, matando as saudades da sua escrita implacável e impecável!

Sua poesia é navalha que corta os olhos e faz sangrar o melhor da minha alma poética. Lindo demais!

Grande abraço :)

Gabriel Gómez disse...

Ainda estou em Buenos Aires... Hoje é o último dia da Feira do livro...
Obrigado a todos (Regininha, Rafael e a Colecionadora Patricia) pelos seus aportes...
Até a volta!

Cassandra disse...

Olá!
Borges teria dito uma vez que se escreve como se brinca. Voce parece brincar com a palavra!
Ela comparece nos teus poemas não para representar o que se espera dela, nomeando e referencializando; há uma transformação. Transgressora da representação comum, a metáfora
consolida o texto poético e conduz a palavra, símbolo, para a esfera da imagem, ícone. Seus escritos destacam-se, por força da metáfora, como a transformação da linguagem comum. Envolve. Como disse o Rafael, faz pensar!
Beijo e obrigada!

Gabriel Gómez disse...

Cassandra... O trabalho (e prazer) que tenho em escrever, é tanto quanto o teu de analizá-lo...
Obrigado... (e minha tentativa é por ai mesmo...)
Beijo.

Cassandra disse...

Quem me dera ter esta capacidade de análise! Melhor considerar um mergulho num mundo ilusório(?), utópico(?), que não me pertence mas, através do qual posso sonhar(?) e fazer dele um pouquinho meu!
Beijo.

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