dos grafites mudos
nos muros
dos outros
acreditei dizê-lo tudo.
Nada disse.
Apenas neguei,
com letras alheias,
o que nomeia
e não alcança
na própria saliva.
7 comentários:
Sou fã dos grafitti, tu sabes. Daí que só podia amar um poema assim. Achei lindo! bj
Bom, isso, hein? Fez-me pensar em um bocado de coisas agora...
[]s
Olá, Gabriel.
Mais uma vez aqui, matando as saudades da sua escrita implacável e impecável!
Sua poesia é navalha que corta os olhos e faz sangrar o melhor da minha alma poética. Lindo demais!
Grande abraço :)
Ainda estou em Buenos Aires... Hoje é o último dia da Feira do livro...
Obrigado a todos (Regininha, Rafael e a Colecionadora Patricia) pelos seus aportes...
Até a volta!
Olá!
Borges teria dito uma vez que se escreve como se brinca. Voce parece brincar com a palavra!
Ela comparece nos teus poemas não para representar o que se espera dela, nomeando e referencializando; há uma transformação. Transgressora da representação comum, a metáfora
consolida o texto poético e conduz a palavra, símbolo, para a esfera da imagem, ícone. Seus escritos destacam-se, por força da metáfora, como a transformação da linguagem comum. Envolve. Como disse o Rafael, faz pensar!
Beijo e obrigada!
Cassandra... O trabalho (e prazer) que tenho em escrever, é tanto quanto o teu de analizá-lo...
Obrigado... (e minha tentativa é por ai mesmo...)
Beijo.
Quem me dera ter esta capacidade de análise! Melhor considerar um mergulho num mundo ilusório(?), utópico(?), que não me pertence mas, através do qual posso sonhar(?) e fazer dele um pouquinho meu!
Beijo.
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