ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tocar como tocar-te (2)

Como te tocar com as mãos
Como não repetir gestos cegos
até o fundo dos dedos
até o pouco do tanto
que não te encontra
que traduzo mal
ao escrever
e recolhe a tinta
em tantas outras coisas
em tantas letras
que não se leem
e nada tocam
ou quase nada
o papel em branco
não sabe
mesmo cercado de ti
invadindo
onde te guardei.

2 comentários:

Cassandra disse...

Gabriel.
(2)com certeza! A busca continuou, já não questionas o "não te tocar" mas, voce guardou... "Sua arte, seu par, seu céu aparte"!
Beijo.

Anônimo disse...

Sempre penso como os escritores sabem quando aquilo que escrevem, está terminado, que não precisa mais de retoques ou palavras.
Vejo que a obra não acaba nunca... e se este belo poema demora, voltará novamente mudado.

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