Como não repetir gestos cegos
até o fundo dos dedos
até o pouco do tanto
que não te encontra
que traduzo mal
ao escrever
e recolhe a tinta
em tantas outras coisas
em tantas letras
que não se leem
e nada tocam
ou quase nada
o papel em branco
não sabe
mesmo cercado de ti
invadindo
onde te guardei.
2 comentários:
Gabriel.
(2)com certeza! A busca continuou, já não questionas o "não te tocar" mas, voce guardou... "Sua arte, seu par, seu céu aparte"!
Beijo.
Sempre penso como os escritores sabem quando aquilo que escrevem, está terminado, que não precisa mais de retoques ou palavras.
Vejo que a obra não acaba nunca... e se este belo poema demora, voltará novamente mudado.
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