Escrever não alcança.
Meus olhos não alcançam.
A escrita se faz apenas verbo
e não enxerga no final da rua
a tarde chorando,
sozinha, azul e
vermelho nas sombras.
A noite coloca a mão no ombro
e caminha junto. Nuas, crepusculares,
nossas almas se igualam.
A escuridão novamente
chega à minha porta,
bate na minha boca,
trazendo esta dor de espinho
entre a carne
Meus olhos não alcançam.
A escrita se faz apenas verbo
e não enxerga no final da rua
a tarde chorando,
sozinha, azul e
vermelho nas sombras.
A noite coloca a mão no ombro
e caminha junto. Nuas, crepusculares,
nossas almas se igualam.
A escuridão novamente
chega à minha porta,
bate na minha boca,
trazendo esta dor de espinho
entre a carne
e a palavra.
2 comentários:
esse começo é animalescamente bom!
abre para muitas muitas leituras. e o melhor de um texto é isso, o que ele possibilita de leituras!
abraço grande!
é...
E não importa de onde vem as palavras. Se do coração, se da língua, tanto faz!
Se da alma ou de um grafite qualquer, não importa!
A própria palavra é o espinho. E a carne vai doer...
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