Sua montanha não se movia.
Não havia montanha,
nem Maomé.
Apenas a cárcere
desta convicção.
A fé coloca fé
onde não há nada;
a desdobra para dentro,
ignora aquilo que é verdade
e assim mesmo vai
sem ir.
Mal entrava o corpo na sua sombra,
Mal refugiava a oração na boca.
Mal soletrava a própria voz.
Ar puro, onde?
O vento gasta fisionomias.
A chuva morde
a fumaça de vida.
As viagens se desprendem
neste mapa de perder-se.
Fora do medo,
tem a beira
deste abismo para dançar.
Não havia montanha,
nem Maomé.
Apenas a cárcere
desta convicção.
A fé coloca fé
onde não há nada;
a desdobra para dentro,
ignora aquilo que é verdade
e assim mesmo vai
sem ir.
Mal entrava o corpo na sua sombra,
Mal refugiava a oração na boca.
Mal soletrava a própria voz.
Ar puro, onde?
O vento gasta fisionomias.
A chuva morde
a fumaça de vida.
As viagens se desprendem
neste mapa de perder-se.
Fora do medo,
tem a beira
deste abismo para dançar.
2 comentários:
Um beijo.
Leio muito sobre e gostei do poema
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