(Para todos aqueles que acreditam que fazer poesia é escrever "difícil', ser hermético ou achar novas palavras e assim parecer "complicado" ... Minha homenagem...)
A célere da aragem amofinou seu rebento.
As nuances pareceram dissipadas em conspurco.
Não sobrestava de precipitar.
Policarpo trazia um aleive imêmore
no epítome da retentiva.
Lobrigou uma charneira, arredou o tálamo,
assentou e ficou altercando.
Não abichou a findar seu escopo.
Apetecia ter arrazoado,
sentiu-se acoimado, sorumbático.
Era carapeta, caraminhola ou figmento?
Não perfilhava com fidúcia
e carpir-se como infante não seria o rebate.
O estipêndio tinha acabrunhado
e apenas soçobravam alentos encanecidos.
Sentiu-se um cardisplicente.
A promissão dela foi perpetrada.
Ao partir, levou seu imo, cerne e tutano.
A fúcsia ruiu ate o báratro da disgra.
Agora a expiação o acabrunhava macambuziamente.
Para que abespinhar-se, apoquentando a avaria?
Apenas abocou os sobejos e nímios
para voltar a ser mais um ludíbrio joliz
para outra nubente consorte.
4 comentários:
Hahaha... Também leio muito deles e penso se fazem isso de forma proposital ou apenas para parecer "profundos". E o que é pior, tem gente que opina e acha o máximo (como se entendesse) para também parecer inteligente... E ninguém entendeu nada e fica por isso. Depois os mesmo perguntam por que ninguém mais lê poesia (?!) Dá vontade de esfregar sua M... de poesia na cara e responder: por tua culpa!
Desculpa, mas é o que penso (eu e um monte de leitores mais).
Escrever difícil é fácil... O difícil é fazer poesia com as mesmas palavras de sempre (sabendo que apenas um olhar muda tudo).
Parabéns!
Oi Gabriel!
Borges teria dito uma vez, que se escreve como se brinca...
A palavra comparece não para representar o que se espera dela, nomeando e referencializando o mundo, mas se articula de tal modo original que, em lugar de mostrar, esconde, fugindo da transparência e assumindo a opacidade. Nega, no limite, uma representação comum e tece, num jogo semântico, uma representação insuspeitada. Acredito que a linguagem da poesia pode às vezes oferecer dificuldade para o leitor comum mas nem sempre é intenção do poeta escrever difícil. A dificuldade nasce da necessidade de ultrapassar a expressão prosaica e alcançar o nível da poesia. Na poesia a linguagem não escorre: dura. Cada época tem o seu estilo e neste se devem vasar as emoções humanas que se estilizam. Mário de Andrade, em um de seus poemas, disse que “o difícil, é aprender”!
Parabéns pelo domínio da língua portuguesa!
Beijo.
Também acredito que a palavra comparece não para representar o que se espera dela... Escrever é afirmar o paradoxo de que, como no gesto divino, as palavras criam o mundo, afirma o argentino Manguel, mas não dão conta de apreendê-lo no livro. A arte é essa imitação...
Concordo também em parte com o tal "anônimo" quando afirma que escrever difícil é o mais fácil.
Cada um escreve como pode e emprega as palavras que tem a mão... Muitos até escrevem apenas para os críticos de plantão e não para seus leitores... Ou para si (que seria o mais importante). Já vi muitos poetas escrevendo exclusivamente para outros poetas e logo se queixando da falta de poesia.
Utilizei um português arcaico e parece até outra língua. E tentei mostrar o fácil que é que até eu, estrangeiro, consigo.
Mas o que mais me diverte são certos Blogs que colocam apenas um "pum" (literal) e lá vem trocentos comentários e elogios tentando decifrar tanta mensagem oculta... "Deve ser bom... não entendi nada, mas deve ser bom e vou elogiar para não ficar de fora..." É melhor rir para não chorar...
É deve ser esse o motivo que muitos que gostam de poesia sofram de dor de coluna... A prateleira sempre é pequena e está escondida bem lá embaixo da prateleira. Culpa de quem?
Beijo.
É verdade.... mas me desculpa amigo, nem mesmo acesso tais blogs pela segunda vez e, talvez o "ter leitores" contribua mais para a dor nas costas do que os comentários...
Ainda conversaremos sobre a mensagem do Policarpo!
Beijo
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