ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Xadrez

No gasto tabuleiro de xadrez,
pintado na mesa da praça,
dois pássaros se disputam algo,
sem importar-lhes
a diversidade da paisagem,
a dualidade das coisas,
o eterno confronto
do preto e do branco.
Deixam seus objetos
e dejetos
como peças
alternadas, continuas,
um perto do outro.
Inadvertidamente
tudo se confunde
e encaixa.
Quem leva mate
sai voando primeiro.

5 comentários:

Anônimo disse...

Não aguento ver ninguem dizer que é belo e simples!
Esses teus leitores (e aqueles das fotinhos que só querem aparecer e nunca opinam...) estão muito devagar!
Gostei muito!

KAJUB disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cassandra disse...

"...Não exibas os tesouros raros,
Para que o povo não os ambicione.
Não despertes as cobiças,
Para que as almas não sejam profanadas. ..."(Tao)
ou então,
...na duplicidade do ser e seu reflexo... (GG)

Achei melhor.
Boa noite!

Cassandra disse...

Desculpe...

"...Inadvertidamentetudo se confunde e encaixa..."
ou como li:
"Admitelo, aceptalo, sufrelo, superalo, olvidalo, recuerdalo, ríete."

Beijo.

Gabriel Gómez disse...

Bom dia!
Realmente as palavras formam outro jogo de xadrez... Ainda bem que gosto do outro "mate" bem quentinho e de mão em mão...
O mais difícil é pensar como cada peça, que tem uma identidade e até um movimento diferente, enquanto "nós", apenas somos sempre um, de outos muitos...
Beijo!

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