ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Suicidas - Os modos de falar à parede

Meu próximo livro "Suicidas - Os modos de falar à parede", já está na editora.
A seguir o texto na contra-capa escrita pelo poeta Cristiano Moreira:


A urgência que assoma ou assombra estes suicidas de
Gabriel Gómez é o convite ao cortejo de corpos neste ataúde-livro.
O luto está nas letras impressas, máculas
sobre o papel branco, porta voz dos suicidas,
aqui calados em negra tinta.
A nós, leitores, cabe o gesto de abandono próprio
para acompanhar as variações humanas contidas
neste volume.
Diante de cada suicídio, a pressa, a raiva,
a tormenta que ainda assim convida à vida,
a sobrevida em cada salto, em cada
vazio entre as palavras, em cada conto ou poema,
a encomenda.
Aqui cada leitura é tentativa de salvação
momentânea, de ressuscitar o texto e quando for
impossível estancar o silêncio, então amigos, é a hora
exemplar de retomar a leitura.

Cristiano Moreira

6 comentários:

Rafael Castellar das Neves disse...

Muito legal, Gabriel! Parabéns!! É bom ver que esta luta tem final feliz..rs

[]s

Gabriel Gómez disse...

Obrigado Rafael...
Andamos tanto nascendo como morrendo... A cada instante. O final depende de nossas atitudes.
Abraço.

Anônimo disse...

Aguardamos o novo livro com ansiedade.

Cassandra disse...

Oi Gabriel!

Sartre considerava o suicídio um ato de liberdade errado por extinguir todas os demais atos de liberdade. Platão o considerava uma injustiça. Rousseau considerava-o um roubo de si próprio. Schopenhauer defende o direito daquele que sofre de se libertar do sofrimento. Hume acreditava que nenhum homem jamais jogou fora a sua vida
enquanto valia a pena mantê-la.
Este sem dúvidas, é um tema fantástico pelas interrogações que traz consigo abrangência...
Aguardemos a face do suicida dada por Gabriel Gómez...
Parabéns!
Beijo.

Gabriel Gómez disse...

Oi Cassandra!
Meus suicidas são essencialmente, aqueles que abandonaram seus sonhos, que não lutam mais por aquilo que acreditam, que abaixaram a guarda, que se cansaram de afrontar, resistir de contrastar... Os que se suicidam e continuam vivendo como se nada. São deles.

Falta pouco...

Beijos!

Cassandra disse...

Grande!!!
Os que se suicidaram e vivem!
Conheço gente assim...
Não havia pensado por este caminho (acho que vou gostar do teu livro...)
Beijo.

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