Entre os diversos livros, guardo um lugar especial para aqueles autografados. Levam a marca e respiram o ar do tempo em que foram datados. Sintome transportado àquela hora. Outros, incompreensivelmente, mesmo com assinatura e dedicatória para seus leitores, foram esquecidos e deixados de lado em algum sebo. Que destino ou castigo imposto levou alguém a abandoná-los? Tomavam muito espaço ou a nova cor amarela das páginas não sustentou sua nova leitura? Prometeram uma literatura que não foi cumprida? Qual foi a falha? Onde foram vencidos seus acertos? Que caminhos percorreram até perder-se da estima? Talvez até contem uma história mais curiosa e triste que a do próprio livro. Sinto-me na obrigação de resgatá-los, como se estivesse devolvendo ao autor, e a suas páginas, o carinho e respeito que tiveram na hora da sua assinatura.
Antigos e contemporâneos convivem em harmonia com assinados rejeitados comprados de terceiros. Assim como o filho perdido que volta pra casa. Mesmo adotados, são próximos e amados por igual. Em muitos outros, que guardo com mais zelo ainda, aparece meu nome. Sempre exerceram grande fascínio e agora quero dividir isso com vocês...
Antigos e contemporâneos convivem em harmonia com assinados rejeitados comprados de terceiros. Assim como o filho perdido que volta pra casa. Mesmo adotados, são próximos e amados por igual. Em muitos outros, que guardo com mais zelo ainda, aparece meu nome. Sempre exerceram grande fascínio e agora quero dividir isso com vocês...
Nota: Para começar esta série de livros autografados, hoje quero mostrar um dos grandes contistas brasileiros, avesso a qualquer tipo de entrevista e divulgação da sua imagem (alias, pouca gente sabe como ele é, e algumas poucas fotos que circulam são antigas ou tiradas de longe, sem autorização...). Dalton Trevisan, o "Vampiro de Curitiba". Um dia conto como consegui esta dedicatória no livro...
2 comentários:
que maravilhoso está teu blog, gabriel!
muito cuidadoso, muito organizado,
muito inteligente.
aquilo que escrevestes no "borges e outras ficções", sobre os livros autografados, eu adorei!
parabéns a ti!
um abraço daqui!
Isso é que é estar "ligados"... Você aqui e eu no teu "Sentir complemanta o outro", lendo aquilo sobre poesia e Manoel...
Abraço e obrigado também.
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