Para quando não sirvam as palavras,
nem confidencias de ouvidos,
nem páginas inteiras na memória
da língua,
tenho uma triste,
minúscula transparência,
(não sinto medo de dizê-lo)
bem no meio desta linha,
desta fala
e desta outra.
nem confidencias de ouvidos,
nem páginas inteiras na memória
da língua,
tenho uma triste,
minúscula transparência,
(não sinto medo de dizê-lo)
bem no meio desta linha,
desta fala
e desta outra.
10 comentários:
Como disse: "O segredo de um olhar que se encaixa exato em uma só pessoa."
Gostei!
Brincadeirinha não vale, porque não desfaz o enigma!
bj
Vc propaga a transparência, mas tece a entrelinha.
Abraços!
Outras falas destas linhas se escondem sob uma suposta transparência. E por que teria medo?
Meus caros amigos das letras... Kajub, Regininha, Wilson, Jaqueline... Primeiramente obrigado por aportar seus pareceres...
Sobre o escrito:
O poema começa: "Para quando não sirvam as palavras..." e quando isso acontecer (quando já não tenha nenhuma), com certeza, vocês conseguiram ler, interpretar, aquilo que ainda parece não estar escrito ou transparente...
Fico muito contente que elas (poucas) sirvam para questionar o que aparentemente não quer ainda mostrar-se...
Abraços.
Oi....
Volto aqui, porque andei pensando (!!!) e, engraçado como a gente omite ou esquece de dizer algo né? Mas, "Aquelas que não conseguimos pronunciar, as não ditas, se acumulam no corpo como finos cristais quebrados, sutis armaduras de cacos que aumentam o volume" (conhece? rsrsrs).
Então, entre as palavras que fiquei devendo, quero agradecer a voce pela oportunidade de ler seus escritos, como também, a paciência e consideração pelo que envio...
Legal a repercussão de "Transparência"!
Beijos.
Como agradecer o agradecido?
Bom, já sabe...Etc. e tal... hehehe.
Obrigado pelos sons e silêncios.
Beijo.
Estou espantado de existir,
pois ontem à noite,
sonhei que tinha morto,
e me transfigurado
numa senhora gorda em meu velório,
que olhava meu nariz,
onde uma mosca verde
propagava sua vida,
pondo seus ovos predestinados a vermes.
E cada verme sonhava ser eu,
que sonhava ser uma senhora gorda,
que sonhava ser um verme,
que não sonhava ser Tzun Tzú.
Jaez Jarbas
É Chuan Tzú, ( ou como seja que se traduza do Mandarim ao Português )o sonhador borboleta ou viceversa, e não Tzun Tzú ("A arte da guerra"). Desculpem meu lapsus, além de desculpar minha disgressão.
Jaez Jarbas
Seja Bem-vindo novamente... Afinal aquela borboleta citada tanto por Borges que não sabia realmente se sonhava ser um homem, ou um homem sonhando ser borboleta, é identificar primeiro em que parte daquele sonho estamos...
E como um não sabe se é outro, porque também não aceitar que tenha escrito a arte da guerra?
Abraço.
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