como alguns acreditam.
As cartas, como Rubem Alves disse,
são para que mãos separadas se toquem
na mesma folha.
Que separam?
Não sei.
Mas transbordam palavras,
perseguem histórias
e apenas sossegam
quando reveladas.
Que revelam?
Não sei.
Algumas, só lidas pelo fogo,
não chegam a outras mãos
e ardem mudas,
consumidas.
Que calam?
Não sei.
E voltam a guardar segredos
E se anunciam
com outros nomes,
outras tintas
e a mesma morte.
Assim como o silêncio?
Talvez.
(Não convém lembrá-los.)
(Não convém lembrá-los.)
4 comentários:
Oi Gabriel!
Um dos temas apaixonantes, esquecidos em nosso cotidiano... elas contam silenciosamente e assim ficam... ouso utilizar Pessoa para interpretar "carta" pelos sentidos, não porque a defina, mas porque amo, e amo por isso, por não saber o que é, nem por que amo, nem o que é amar...
E voce consegue que "carta" esteja mais viva do que nunca! Como aquele final ("Talvez...") de seu conto... (peciso ler de novo!rsrs)
Lindo.
Obrigada.
Beijo.
Pois é Cassandra...
De tanto em tanto releio algumas coisas e tenho vontade de trocar algumas palavras para mudar sua composição, seu final e assim continuar brincando (ou pensando) que somos apenas seu instrumento...
Beijo!
O poema (e a poesia) é mutante, assim como todos nós.
Ela até consegue mudar pra melhor.
Enquanto nós...
Gostei muito!!!
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