(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )
"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."
Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.
domingo, 6 de março de 2011
O nome
Esticou o silêncio até a palavra,
alongou o mudo,
enfiou a língua no grito
e finalmente conseguiu pronunciar,
germinando,
com a inflexão certa,
a cor exata,
a boca cheia, intacto,
mesmo sem conhecê-lo,
sem amá-lo,
o nome exato
do seu amor.
5 comentários:
Anônimo
disse...
UAU!
Que poema magnífico!
Eu adoro quando vc escreve sobre o silêncio... (nunca vi ninguém falar com tanta propriedade sobre ele). :)
A sua forma de se expressar me encanta! Seja em versos, seja em prosa, é um aprendizado ler-te!
Patrícia... ler teus generosos comentários é sempre ter um carinho a mão. Tua coleção não é apenas de silêncios... As palavras te incorporam amigos! Abraços. Obrigado sempre!
De alguma maneira, lembrou-me a defesa de Wilde sobre qual o amor que não ousa dizer seu nome: "....It is that deep, spiritual affection that is as pure as it is perfect. It dictates and pervades great works of art like those of Shakespeare and Michelangelo, and those two letters of mine, such as they are..." Talvez o silêncio seja mesmo o que mais próximo podemos chegar do nome do amor...
5 comentários:
UAU!
Que poema magnífico!
Eu adoro quando vc escreve sobre o silêncio... (nunca vi ninguém falar com tanta propriedade sobre ele). :)
A sua forma de se expressar me encanta! Seja em versos, seja em prosa, é um aprendizado ler-te!
Grande abraço, Poeta.
Ótimo feriado pra vc! :)
Patrícia... ler teus generosos comentários é sempre ter um carinho a mão. Tua coleção não é apenas de silêncios... As palavras te incorporam amigos!
Abraços.
Obrigado sempre!
Tás ficando bom, heim, menino? bj cá da Paraíba
Saudade de ocê por aqui, Regininha... Já estás pensando na volta? Curte por lá, que aqui se não chove está nublado...
Beijo e obrigado!
De alguma maneira, lembrou-me a defesa de Wilde sobre qual o amor que não ousa dizer seu nome: "....It is that deep, spiritual affection that is as pure as it is perfect. It dictates and pervades great works of art like those of Shakespeare and Michelangelo, and those two letters of mine, such as they are..."
Talvez o silêncio seja mesmo o que mais próximo podemos chegar do nome do amor...
Beijos.
Postar um comentário