ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Vingança

 
Depois de tantas,
o espelho quebrado,
                         se vingou.

Escreveu também
com uma das pontas
“Adeus” e “Te amo”
na carne vermelha
                         do batom.

(Ela viu e não entendeu. 
Jogou-o fora no vaso sanitário. 
Agora ele sangra partido no fundo.)

3 comentários:

Anônimo disse...

Sempre me pergunto de onde vem tanta imaginação? Esse mistério dos poetas de poder surpreender e encantar seu leitor.
Amei.

ítalo puccini disse...

às vezes as palavras vêm de onde a gente menos espera, não é?

abraços, gabriel.

Cassandra disse...

(...) todo prazer estético que o escritor criativo nos proporciona é da mesma natureza desse prazer preliminar, e a verdadeira satisfação que usufruímos de uma obra literária procede de uma libertação de tensões em nossas mentes. Talvez até grande parte desse efeito seja devida à possibilidade que o escritor nos oferece de, dali em diante, nos deleitarmos com nosso próprios devaneios, sem auto-acusações ou vergonha. (Freud)

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