Minha voz, amarrada
a uma arvore,
faz cantar pássaros
com outras vozes.
Crescem em mim as folhas
e um som antigo.
Arvores cantam sua existência
nua.
Nelas, o vento alivia céus,
lágrimas silvestres
de mortos e esquecidos.
Assim cai a chuva.
Musgo
como impressão digital,
como lento abraço.
Sou o alheio,
o mais meu que amo.
Tão outra coisa!
Sou o secreto ventríloquo
cheio de pássaros.
a uma arvore,
faz cantar pássaros
com outras vozes.
Crescem em mim as folhas
e um som antigo.
Arvores cantam sua existência
nua.
Nelas, o vento alivia céus,
lágrimas silvestres
de mortos e esquecidos.
Assim cai a chuva.
Musgo
como impressão digital,
como lento abraço.
Sou o alheio,
o mais meu que amo.
Tão outra coisa!
Sou o secreto ventríloquo
cheio de pássaros.
4 comentários:
AMEI!
bj
às vezes venho aqui pra pensar, mas caio nas garras de teus textos e acabo rejuvenescendo minha alma.
Então esqueço de mim e do porquê vim...
Vez por outra volto...
Gabriel,
Walter Benjamim dizia que na arte há uma região que, de tão própria, somente os artistas a conhecem, o que a torna indizível, posto que as demais pessoas não compreenderiam.
Seus "Pássaros...", certamente sobrevoam essa região.
Aliás, sua bela poesia é sempre um rondar neste impronunciável.
Belíssimo, como sempre!
abs.
Obrigado!
As vozes da poesia alimenta cada canto...
É sempre muito bom ter muitas delas por aqui...!
Beijos e abraços.
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