ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Perguntas

O que é voar, perguntas,
quando estás distraída?

Amar é ter asas
mas usá-las para ficar?

O que é chorar, perguntas,
pelos ausentes?

Vazios de pele e lágrimas?
Como encontrar o rastro
do que não volta,
daquilo que não sai?

E a vida, o que é
a vida? Quer tudo para si?
E a memória tem o cheiro
das coisas?

O que é uma despedida, perguntas,
quando passas pela porta,
fechada,
sem esperar ouvir as respostas.

4 comentários:

Anônimo disse...

O que é a vida senão a busca cega por essas respostas?

- Lindo, Gabriel!!!

abs.,

maria

Sobrepuja - se disse...

Uau bem reflexivo...
buscando o tal sentido das coisas!!!

Gostei

Gabriel Gómez disse...

Maria... O que o poeta não vê, parece não existir, não é?
E o que não pergunta?
Obrigado sempre pela visita e comentários.

Carla, a busca apenas parece ter sentido na falta de respostas...
Obrigado pela visita... Espero que apareça sempre por aqui!
Abraço.

ítalo puccini disse...

lembrei-me, ora como não?,
do livro das perguntas do neruda.

maravilhoso!

grande abraço.

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