ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Suicida






Meu último tiro
fará que finalmente
levante
meu corpo
para o mundo
que desaba
ferido
         de bala.

5 comentários:

Cassandra disse...

Gabriel.

De volta à rotina, encontro mais um
dos teus belos escritos, que me levam a lembrar de Platão:

Na alegoria da caverna, para os prisioneiros, o mundo real é a caverna então, como poderiam sair da ilusão se não sabem que vivem nela?
A descrição platônica é dramática: o caminho em direção ao mundo exterior é íngreme e rude; o prisioneiro libertado sofre; a luz do Sol o cega; ele se sente arrancado, puxado para fora por uma força incompreensível. Platão narra um parto: o parto da alma que nasce para a verdade e é dada à luz e, acrescentaria: à Luz!
O Mito da Caverna apresenta a dialética como movimento ascendente de libertação do olhar intelectual. Os olhos, foram feitos para ver, a alma foi feita para conhecer. O relato da subida e da descida expõe a paidéia como dupla violência necessária para a liberdade e para a realização da natureza verdadeira da alma, tal violência encontro também no mundo que desaba ferido de bala...

Ui! Virou uma carta! rsrsrs

Beijo.

Gabriel Gómez disse...

Olha... Poderia responder muito, fazer outra carta... Mas hoje, simplesmente digo: Feliz aniversário!
Luz! A vela que apagas, volta ao universo...E que ele, te devolva muito mais!
Beijo grande.

Cassandra disse...

Legal que voce lembrou... fico feliz.
Obrigada!

Anônimo disse...

Gostei pela sua originalidade.
Apenas acho tola a eterna hipocrisia (tabú) quando se trata o suicidio. Até a falta de comentários denota já isso. Os tempos mudam, mas continuamos com certos prconceitos sempre.
Parabéns pela coragem.

Anônimo disse...

Gabriel, disculpame que entro como anonimo, no tengo cuenta... Era para decirte que me gusto mucho todo esto, que te leo con el traductor (o escribis complicado o las traducciones andan un poco difíciles y lentas... hahaha).
Bueno, espero que sigas con tu carrera literária con toda tu fuerza y empeño.
Un fuerte abrazo.
Daniel

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