E quando chame,
não responda.
Cego, palpo palavras,
passeio minha escuridão,
sorvo meus lábios,
sampleio a voz.
A escritura não me cura.
Mudo, anuncio-me como a fome,
doendo,
como uma longa espera.
Se o telefone não tocar,
sou eu.
Com medo,
repartimos o silêncio
como a falta,
como a falta,
como algo roubado e
sujo.
Como
a palavra não.
(Não) atenda.
6 comentários:
"...
Déjame que te hable también con tu silencio.
Claro como una lámpara, simple como un anillo
Eres como la noche, callada y constelada
Tu silencio és de estrella, tan lejano y sencillo.
..." (Neruda)
Nada é inacessível no silêncio ou no poema!
Beijo.
Poeta!
A sua poesia é magnífica! Sua forma de expressão é única! E eu me sinto uma privilegiada por compartilhar dos seus silêncios assim, como este.
AMEI!
Grande abraço! :)
Excelente...é o tipo que gosto..carregado, pesado e intenso!
[]s
Não tou ligando, tá bom? bj
Cassandra:Cada novo silêncio descubro um novo poema...
Boa viagem. Manda notícias.
Beijos!
Rafael: Eu também gosto da intensidade... Pouco, mas contundente. Nem sempre é possível, nem sempre conseguimos... Obrigado por teu comentário e visita. Abraço.
Regininha... Eu sim estou ligando para ti... Tanto que voltei de Buenos Aires com aquela surpresa...
Depois vejo como chega a tuas mãos.
Por enquanto, um beijo...
como a palavra não.
ficou muito bom isto, gabriel!
parabéns!
grande abraço.
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