ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Corpos, limites, beiras (final)

No fundo, somos bairristas. Queremos invadir, mas voltar para onde já estamos. Navegar ancorados, ir seguros pela corda guia, não sair da mão firme, genitora.
Colocamos nossas bandeiras para identificar conquistas e possessões, delimitamos a nova extensão com sinais, cheiros próprios e da infância, mas ambicionamos secretamente nos perpetuar no mesmo espaço, nas coisas que nos cercam e esperam; olhar remoto, distante, mas da mesma janela, a nossa.
Então, eis que as formas se ampliam na grande angular da lembrança, da liberdade do espaço íntimo. O coração se expande. E é corpo, mão suave, cama, pele, refúgio, abrigo, caminho e alma.

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