Então peguei as fotos e rasguei
até sangrar
unhas e figuras
que olhavam de dentro,
do fundo, despojos.
Uma, outra e outra vez.
Despedacei todas,
descasquei como
pele defunta,
até me ver partido,
até não ser possível.
O chão
caindo no meu corpo,
mosaico,
tempo,
vida.
Rompi com tanta precisão,
que não deixei dúvidas
que naquela hora,
minha alegria
tinha perdido
novamente
o corpo recém amado,
a cabeça.
Em vão.
Volto a colar tudo
com a mesma fita adesiva da memória.
3 comentários:
É verdade.... amar é ter asas mas usá-las para ficar... e a re-montagem das fotos carrega um significado lindo!
Completa-se.
Beijos
Na verdade, é sempre o mesmo procurando ser dito diferente...
Beijo e obrigado
Cheio de imagens. Surpreendente.
Para quando seu novo livro?
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