
"Por acaso
você aí recebeu um cobertor rosa,
uma pasta de dente,
uma escova?
Pois era a minha escova.
É que eu não tinha dinheiro
para comprar uma nova
e mandei a minha mesmo.
Não estou bem.
A sua mãe disse para eu ir
para a casa dela,
mas eu preferi vir para a porta,
fazer manifestação junto com as outras.
Te amo e juro:
jamais vou te abandonar".
(Trecho da carta publicada em jornal, agora separada por mim aleatoriamente, da namorada de um preso da penitenciaria de Araraquara - SP, após uma rebelião em 2006.
Veja AQUI qual é a proposta dos "Poemas dos outros")
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