ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Borges e sua poesia

Sempre relendo Borges, vejo que no prólogo do “Elogio da sombra”, seu quinto livro de versos, escreve uma espécie de compendio sobre a poesia (que por sua crescente cegueira, já começava a ser decorada metodicamente). Pequenos conselhos borgeanos que pratica na sua escrita.
Vejamos:
“O tempo me ensinou certas astúcias: evitar os sinônimos, que têm a desvantagem de sugerir diferenças imaginárias; (...) preferir as palavras usuais às palavras assombrosas; (...) simular pequenas incertezas, pois, se a realidade é precisa, a memória não o é; narrar os fatos (...) como se não os entendesse totalmente”.
Quase no final, esclarece que as supostas normas úteis na sua poesia não são obrigações e “que o tempo se encarregará de aboli-las”.

2 comentários:

Cassandra disse...

Um Mestre, não só na escrita como também na "conversa"....
Apesar de minha dificuldade com a língua, é muito bom ler Borges! (Graças à voce....)

Gabriel Gómez disse...

Ele sempre repetia que se pelo menos motivasse com sua escrita para a leitura de outros escritores, sua função estaria completa... Imagina eu então... Beijo!

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