ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

domingo, 21 de novembro de 2010

Pregos

Os pregos penduram sozinhos seus abandonos.

Parece não haver nada neles.
A parede com ferrugem, ferida,
mostra com furos
a falta de alguns.
Mas suspendem
com pequenas sombras
a lenta luz da manhã.

4 comentários:

ítalo puccini disse...

os pregos penduram sozinhos
seus abandonos.

tu e os começos!
super excelente, gabriel.

abraço grande!

Regina Carvalho disse...

Descritivo, e cheio de vida, coisa que os descritivos nunca conseguem ser. AMEI!
bj

Gabriel Gómez disse...

Ítalo... Sei, porque já tinhas dito isso, que gostas dos meus começos... Engraçado... Sempre estou mais preocupado com os finais...
Abração!

Regininha... Também gostei do resultado... coisa que nem sempre acontece quando o poema é longo...
Beijo e obrigado!

Cassandra disse...

Gostei muito.
Beijo

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