ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Poema e despedida...

Vendo (e comparando) outros Blogs de atualização semanal ou a cada tanto, estou pensando seriamente fazer o mesmo... Escrever e deixar quieto, esperando inspiração ou comentários (o que vir primeiro). Acredito que nem todos conseguem acompanhar tudo (e nem sempre quem atualiza consegue). Muita coisa passa por alto.
Aqui vai o primeiro da nova safra...
E até que o tempo assim o permita.


Mesmo
que a platéia
ainda escute teus versos
e os espelhos
não consigam enumerar
tantos amigos, vultos plagiados, sorrindo.
E os brindes ensurdeçam o cristal,
a música,
a dança;
E o abraço também respire,
a mão seja de corpo inteiro,
o céu responda e suba desde ti
e os hospedes lotem quartos,
jardins e o esquecido silêncio
não levante nem a voz.
Não desesperes.
Não.
Nada nos pertence.
Ninguém pediu esta alegria
a um centímetro do chão.
Então,
espera, confia.
A solidão,
mãe preocupada,
inabalável, paciente,
jamais abandonaria um
de seus filhos.

3 comentários:

Regina Carvalho disse...

É, e estás me abandonando pra essa mãe solidão, seu danado!
bj

Gabriel Gómez disse...

Regininha... Casualidade (ou não), de alguma forma a mensagem complementa o poema... Mas não foi pensando nisso. Sabes... Essa mãe é a danada... bj

ítalo puccini disse...

é, gabriel, não dá pra acompanhar tudo, não. e muita coisa acaba se perdendo mesmo.

vai sair rabisco do teu livro lá no blog.

grande abraçón!

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