ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

sábado, 9 de outubro de 2010

Vento


Eu quero o vento
de estreitos corredores...
Aquele que leva, carrega consigo,
o próprio canto
daquilo sem nome.

Barulho de portas, dança sem rumo,
restos que voam, voo no espanto,
olhos apertados.
Céu azul sujo.

E com tanto vento, cai o dia,
foge de cores, punhos fechados,
diluídas, caindo luzes
de voar imóvel.

Eu quero o vento
sem pudor nem reserva,
aquele que cerca, aperta,
que alça tua saia,
e que finjo certo,
nem olhar.

4 comentários:

kajub disse...

E eu quero que o vento me carregue...hehe
Beijo

ítalo puccini disse...

teus poemas conduzem no ritmo da leitura. gosto muito.

grande abraço, gabriel!

Thyara Cristina disse...

Essa coisa de passar pela vida desapercebido. O vento que é visto através do outro que se move. Sentido.
Fazia um tempo que não passava aqui. Continua fluindo! Parabéns.

Bjs

Gabriel Gómez disse...

Muito bom isso de ser visto através do que ele move... Poderiamos fazer uma longa lista por aqui de similares... Beijo Thyara!
Meus amigos Íta e Kajub... Além da culpa ser sempre de um livro... Também é do vento...
Abraços!

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