Silenciar
o vácuo e o repleto
dos olhos
ante o espelho e o esperado.
Silenciar de ser e de sede.
Calar monólogos,
as fogueiras da fala.
Mortos de mudes,
mudos,
entre o não dito e o confiscado.
Romper com lábios o discurso.
Calar como quem ora.
Calar dependências,
seus alvos, temores,
prazeres orais.
Calar como a pergunta
que não quer calar,
mas que cala
na resposta que não
deixa saber.
Calar tudo,
num todo completo.
De mãos juntas,
de lágrimas dispersas.
Calar o aceno,
pelo coração
na boca.
Calar por amor,
de raiva,
de frases.
Calar por ignorar,
saber por calar.
Estar fora do tempo,
escutar sua animação.
Calar, mas
sem trair o poema,
sem dissolver o silêncio,
sem reprimir,
sem abafar
seu traduz.
ESCRITOS DO GABRIEL
(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )
"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."
Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )
"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."
Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.
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