No suplemento “Anexo Idéias” do Jornal A Notícia deste domingo, foi publicada uma longa matéria sobre o Mercado Editorial brasileiro.
Quando fala do nosso estado e suas parcerias, cita meu nome e o do escritor e editor Carlos Schroeder (foto).
Leia o texto a seguir...
Leia o texto a seguir...
Catarinenses buscam novos mercados fora
Em Santa Catarina, alguns editores tomaram a iniciativa de buscar mercados externos para ter mais campo de venda dos títulos nacionais. Há três, o dono da editora joinvilense Letra d’Água, Joel Gehlen, negocia a publicação na Rússia de um livro do catarinense Cruz e Sousa. A dificuldade na concretização do negócio é encontrar tradutores para o russo.
Em Santa Catarina, alguns editores tomaram a iniciativa de buscar mercados externos para ter mais campo de venda dos títulos nacionais. Há três, o dono da editora joinvilense Letra d’Água, Joel Gehlen, negocia a publicação na Rússia de um livro do catarinense Cruz e Sousa. A dificuldade na concretização do negócio é encontrar tradutores para o russo.
A escolha desse país foi por causa da ligação de Joinville com a cultura russa a partir da instalação da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, e que o mercado russo é um consumidor de livros. “Traduzir poemas nesse idioma, e ainda no estilo rimado, é bem difícil. Acredito que esse ano possamos lançar essa publicação lá. A ideia é fazermos um material que também trace um paralelo com o poeta popular russo Alexandre Pushkin”, comentou.
Gehlen negocia com entidades governamentais, um bom caminho para divulgar trabalhos lá fora. Em 2000, o editor exportou mil exemplares do livro “Suíços em Joinville – Duplo Desterro”, do escritor Dilney da Cunha. Esse mercado foi conquistado por causa do interesse dos suíços na colonização da cidade catarinense e bancado pela câmara distrital da região de Schaffhansen, no Norte daquele país.
Este ano, a editora busca parceria com a embaixada brasileira em Paris, também para divulgar os trabalhos de Cruz e Sousa na França. Como os direitos das obras do poeta são de domínio público, fica mais fácil editar o material. “A proposta é colocarmos obras no meio acadêmico. Cruz e Sousa foi importante no movimento literário simbolista, que nasceu na França. E ele ainda é desconhecido por lá. Se fosse realizado um seminário sobre a vida do poeta, as negociações ficariam mais fáceis”, avalia Gehlen.
Em Jaraguá do Sul, o escritor e dono da Design Editora, Carlos Schroeder, aproveita a presença da irmã Juliana em Angola para iniciar um trabalho de garimpagem no mercado no país africano. O fato de o português ser a língua oficial de lá, e do idioma ter regras uniformizadas com a adoção da reforma ortográfica entre os países de língua portuguesa, são encarados por Schroeder como facilitadores para conseguir um canal de distribuição de autores catarinenses naquele mercado.
A dificuldade ainda é a falta de subsídio para exportar títulos. “Os escritores estrangeiros têm menos resistências de entrar no Brasil, mas o inverso é complicado. Muitos países fecham as portas para evitar concorrência externa. Tenho uma expectativa positiva na Angola. É um país que está melhorando as condições econômicas e isso pode facilitar essa negociação”, comentou. Uma das alternativas dele é apostar na venda de títulos não impressos, ou seja comercializados digitalmente.
Outra investida de Schroeder é uma parceria com a editora argentina Bajo La Luna, do jornalista Esteban Peichovich. Através do escritor argentino Gabriel Gómez, radicado em Rio do Sul e que tem dois livros pela Design Editora, foi iniciada uma negociação de intercâmbio entre as duas editoras para publicação de autores “hermanos” em Santa Catarina. A proposta também é de ter escritores catarinenses traduzidos para o espanhol para a distribuição no país vizinho. “O mercado argentino tem uma boa aceitação pelas novidades, além da cultura de lá ser muito consumidora de livros”, destacou Gómez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário