Li, reli e sempre volto a consultar o livro (em espanhol): “Ao pé da letra – Guia literária de Buenos Aires”, de Álvaro Abós (Editora Grijalbo, 343 pág). Parece fantástico poder descobrir uma cidade a partir dos locais onde nasceram, moraram e criaram escritores como Julio Cortazar, Adolfo Bioy Casares, Alejandra Pizarnik, Sábato ou Borges. Onde deixaram suas pegadas portenhas Antoine de Saint-Exupéry, Ramón Gómez de la Serna ou Federico Garcia Lorca.
Buenos Aires leva aderido, como umidade, a melancolia do tango e muitos signos da sua vida literária. O livro registra um pouco desses signos, presentes no antigo bairro de Palermo de Borges, ou no bairro romântico de Flores de Fernández Moreno e até o Belgrano triste que viu morrer a Roberto Artl.
Os cenários são palácios, pensões, galerias, redações, parques, ruas, avenidas, labirintos: lugares conhecidos ou secretos. Lugares que moraram personagens reais e imaginários surgidos da sua literatura. Criadores e criaturas, compondo um relato fascinante, uma comédia humana e portenha, um caleidoscópio de histórias reais e imaginarias.
O livro está cheio de planos, indicações precisas, itinerários, documentos e testemunhos curiosos. Tudo o que nenhuma agência de viagens poderia indicar e se faz necessário para descobrir lugares novos, na já velha e conhecida geografia portenha. Uma travessia inesquecível, que vive a cidade e seus personagens, desde suas páginas...
Buenos Aires leva aderido, como umidade, a melancolia do tango e muitos signos da sua vida literária. O livro registra um pouco desses signos, presentes no antigo bairro de Palermo de Borges, ou no bairro romântico de Flores de Fernández Moreno e até o Belgrano triste que viu morrer a Roberto Artl.
Os cenários são palácios, pensões, galerias, redações, parques, ruas, avenidas, labirintos: lugares conhecidos ou secretos. Lugares que moraram personagens reais e imaginários surgidos da sua literatura. Criadores e criaturas, compondo um relato fascinante, uma comédia humana e portenha, um caleidoscópio de histórias reais e imaginarias.
O livro está cheio de planos, indicações precisas, itinerários, documentos e testemunhos curiosos. Tudo o que nenhuma agência de viagens poderia indicar e se faz necessário para descobrir lugares novos, na já velha e conhecida geografia portenha. Uma travessia inesquecível, que vive a cidade e seus personagens, desde suas páginas...
Nele também acontecem (ou não) citas espontâneas entre escritores que, sem intervenção, coincidem, de forma previsível ou não, num espaço ou num tempo, ou em diversos tempos, porque a cidade é uma rede de destinos e caminhos que se cruzam... Assim, por exemplo, do mesmo local, do mesmo café, entram e saem, sem reconhecer-se, e até sem olhar-se, diversos escritores, poetas e jornalistas.
Existem outras inúmeras citações a escritores vivos, porque a cidade que nunca parece ser a mesma, segue gerando literatura e decifrando novos rostos.
E em algum lugar desta cidade real ou imaginaria, como em todas as cidades, segundo Italo Calvino “...não conta o seu passado, ela o contém como as linhas da mão, escrito nos ângulos das ruas, nas grades das janelas, nos corrimãos das escadas, nas antenas dos para-raios, nos mastros das bandeiras, cada segmento riscado por arranhões, serradelas, entalhes, esfoladuras”.
Colocarei algumas aqui e tentaremos viajar juntos.
Existem outras inúmeras citações a escritores vivos, porque a cidade que nunca parece ser a mesma, segue gerando literatura e decifrando novos rostos.
E em algum lugar desta cidade real ou imaginaria, como em todas as cidades, segundo Italo Calvino “...não conta o seu passado, ela o contém como as linhas da mão, escrito nos ângulos das ruas, nas grades das janelas, nos corrimãos das escadas, nas antenas dos para-raios, nos mastros das bandeiras, cada segmento riscado por arranhões, serradelas, entalhes, esfoladuras”.
Colocarei algumas aqui e tentaremos viajar juntos.
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