(Poema que ganhou na Bahia, o Concurso Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, edição 2009.)
Fico na estação
mesmo quando o trem parte
comigo,
e permaneço ainda próximo,
comigo,
e permaneço ainda próximo,
partido,
na plataforma que se perde,
do que já se foi e não me leva.
Vou, parto dos lugares,
na plataforma que se perde,
do que já se foi e não me leva.
Vou, parto dos lugares,
venho, verso, chave, espelho,
e me levo sempre.
Afinal, quem parte?
Aquele que vai ou que fica?
Que parte vai conosco?
A nova, a prova que já não seremos os mesmos?
A cova de lembranças?
A roupa de mudança?
Por dentro, angústia,
e me levo sempre.
Afinal, quem parte?
Aquele que vai ou que fica?
Que parte vai conosco?
A nova, a prova que já não seremos os mesmos?
A cova de lembranças?
A roupa de mudança?
Por dentro, angústia,
parte do extremo.
Na ausência: Ela:
falha, vaga,
Na ausência: Ela:
falha, vaga,
constante como a perda.
No frio adeus,
No frio adeus,
o equilíbrio da lágrima,
que parte o rosto
e nossa vida
em três...
que parte o rosto
e nossa vida
em três...
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