Para muitos, política é um mal absolutamente necessário. Literatura é um bem absolutamente imprescindível. O restante é intermediário. Nesse contexto, o escritor é alguém que dedica seu trabalho para descobrir quem habita no seu interior, traduzindo-o em palavras, que recriam outro mundo e outro novo ser nesse universo paralelo. A valiosa criação que, na tentativa da sua arte, aventura-se a entender a si mesma, consciente e inconsciente, contando suas dores e alegrias como se foram de outros, e as histórias alheias como suas.
Mas, utilizar a escrita para criticar e mudar a realidade, ou para construir sua fantasia?
(Introdução ao texto "Dois tigres" onde comparo a escrita e pensamento de Borges e Neruda, publicado no meu livro "Borges e outras ficções")
2 comentários:
este foi um dos textos que mais me chamaram a atenção no teu livro.
acredito que para as duas coisas. que uma complementa a outra. mas eu gosto mais é do fantástico. porém, uma narrativa bem conduzida, sendo fantástica ou não, encanta.
grande abraço!
Concordo Í.ta... Acredito também que em tempos de ditadura, a literatura, por necessidade, precisa ser contundente na sua sutileza.
Abraço.
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