Correspondências e diários de escritores e artistas de alguma maneira completam suas obras. Possuem um algo a mais, revelam um componente que transcende a mesma arte; talvez até, quem sabe, seu lado mais humano.
Assim, muitos deles se encarregaram de construir um vasto e curioso acervo epistolar. E acabam, por este meio, completando, aperfeiçoando sua criação. Revelando intimidades, medos, bastidores, preferências. Assim como qualquer um de nós.
Lembro de Van Gogh, Cortázar, Borges, Clarice Lispector, Fernando Sabino, Kafka, Caio Fernando Abreu e tantos outros missivistas, que fizeram das cartas ou diários uma nova obra. Cada uma é inevitavelmente autobiográfica, confessional e acaba por formar também seu retrato.
Paradoxalmente, os inúmeros e-mails (muitos mandados sem pedir, outros esperando em vão por resposta) e diversas modalidades de mensagens instantâneas não parecem suprir a intimidade, dedicação e importância do ritual da correspondência redigida em papel de carta e encaminhada pelos correios. De introdução, meio e fim; de cuidados para que cheguem, de respostas lentas e esperadas, de acervos. Cartas escritas quase de silêncios, cuidadosamente guardadas e arquivadas, de necessária preservação da memória.
Fica uma dúvida para o futuro: assim como na atualidade existem inúmeras publicações que coletam e recobram a troca de missivas entre autores, intelectuais e família, continuará havendo para uma posterior leitura, este tipo de literatura em tempos de Internet?
Assim, muitos deles se encarregaram de construir um vasto e curioso acervo epistolar. E acabam, por este meio, completando, aperfeiçoando sua criação. Revelando intimidades, medos, bastidores, preferências. Assim como qualquer um de nós.
Lembro de Van Gogh, Cortázar, Borges, Clarice Lispector, Fernando Sabino, Kafka, Caio Fernando Abreu e tantos outros missivistas, que fizeram das cartas ou diários uma nova obra. Cada uma é inevitavelmente autobiográfica, confessional e acaba por formar também seu retrato.
Paradoxalmente, os inúmeros e-mails (muitos mandados sem pedir, outros esperando em vão por resposta) e diversas modalidades de mensagens instantâneas não parecem suprir a intimidade, dedicação e importância do ritual da correspondência redigida em papel de carta e encaminhada pelos correios. De introdução, meio e fim; de cuidados para que cheguem, de respostas lentas e esperadas, de acervos. Cartas escritas quase de silêncios, cuidadosamente guardadas e arquivadas, de necessária preservação da memória.
Fica uma dúvida para o futuro: assim como na atualidade existem inúmeras publicações que coletam e recobram a troca de missivas entre autores, intelectuais e família, continuará havendo para uma posterior leitura, este tipo de literatura em tempos de Internet?
Nenhum comentário:
Postar um comentário