Bem ai
Na faca, na sombra, na pedra,
no que o ruído esquece, no nunca,
nas letras da fumaça do frio,
nas fotos de costas, na porta fechada,
na luz da vela, no abandono, no céu,
na carta perdida, na casa imensa,
no que evapora e dorme profundo,
no corpo feito cadáver, na oração,
no além de si mesmo, na cobardia,
na dança da colher na taça,
no livro no peito de quem dorme,
na cadeira virada, no acordar,
na nada que antecede a dor,
ao tremor, ao fim,
no balão perdido, na espera,
no vomito da fome, no adeus,
na nudez, no umbigo, na poça
que reflete a nuvem que passa,
no medo que golpeia a boca,
no que nunca fui,
bem ai:
o silêncio das coisas.
ESCRITOS DO GABRIEL
(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )
"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."
Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )
"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."
Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.
2 comentários:
Eu juro que tentei responder com o meu nome. Mas não sou muito boa para coisas tecnológicas e estou até agora tentando advinha como faço para postar aqui.. hehehe.. se esse comentário sair confesso que foi golpe de sorte. Obrigada pela visita. Parabéns pelo blog. Prometo uma visita assim que meu trabalho permitir uma escapadinha. Abraços.
Mi Poulain
Seja pelo nome "artístico" ou não, o importante é que apareça. Obrigado e fique a vontade.
Outro.
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