Afirmo, nego, ardo, suspiro, duvido e acredito. Não peço mais do que me dá. Libero minha anarquia. Sou seu cio. Sua promessa de esquecimento de outras juras. Olhos que apagam todas as memórias. Vida latejando dentro... Briga de cegos por alcançar a luz (lume de simples lamparina). Iluminados à força de tanta sombra. Invejo-lhe a fé.
Uma vez tentou fazer as malas e ir embora para sempre. Não queria ser de ninguém e negou seus favores. Disse que não, mas deixou a porta entreaberta. Uma poesia veio buscá-la. Abandonou seu beijo na gaveta e um cemitério de confidências embaixo da cama.
Era mais longo meu dia, que o dia longo. Solitário de mim, peregrinei por dentro, procurando-a. Seu silêncio era uma pequena obra de arte. E choveu vontade de vêla. Falou, escutei... Contrariei até minha própria voz. Foi a chuva que tudo transforma. E a realidade emudeceu por falta de fôlego. Quando estava aqui, não a tinha. Foi, e hoje a tenho. – me diz amor, eu estava perdido ou não sabia voltar? Nossa reconciliação demorou cinco dias e o dobro disso em noites... E ainda ecoa nas paredes. Posso ouvir..."
Era mais longo meu dia, que o dia longo. Solitário de mim, peregrinei por dentro, procurando-a. Seu silêncio era uma pequena obra de arte. E choveu vontade de vêla. Falou, escutei... Contrariei até minha própria voz. Foi a chuva que tudo transforma. E a realidade emudeceu por falta de fôlego. Quando estava aqui, não a tinha. Foi, e hoje a tenho. – me diz amor, eu estava perdido ou não sabia voltar? Nossa reconciliação demorou cinco dias e o dobro disso em noites... E ainda ecoa nas paredes. Posso ouvir..."
Trecho do conto "Erótico".
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