Perdemos alguns contornos de tanto esquecêlos. Como inservíveis elementos de adereço comprados compulsoriamente. E quando tentamos restaurá-los, não entram nem as pequenas certezas. Alguns escapam, encontram o único lugar possível para sair, e caem, estimativamente, pela margem do erro.
Mudamos, e as mãos tentam achar elevações e textura; sentir as formas do acréscimo e da redução. Precárias delas mesmas, presenteiam, sem saber, uma nova e frágil borda. Com receio, se abrigam protegidas, embaixo de roupas, nomes, caligrafias e abraços que reduzem os tamanhos. Os gestos invadem as fronteiras da calma. Entre o corpo e a roupa existe uma distância enorme. Uma contém a figura da outra, e é preciso abandonar, desamparar as velhas, para receber as novas. Sou explorador do meu desconhecido, desperto para novas jornadas e não resisto ao apelo de uma porta fechada por dentro.
Mudamos, e as mãos tentam achar elevações e textura; sentir as formas do acréscimo e da redução. Precárias delas mesmas, presenteiam, sem saber, uma nova e frágil borda. Com receio, se abrigam protegidas, embaixo de roupas, nomes, caligrafias e abraços que reduzem os tamanhos. Os gestos invadem as fronteiras da calma. Entre o corpo e a roupa existe uma distância enorme. Uma contém a figura da outra, e é preciso abandonar, desamparar as velhas, para receber as novas. Sou explorador do meu desconhecido, desperto para novas jornadas e não resisto ao apelo de uma porta fechada por dentro.
Nossas contiguidades são partes da relação topológica com o mundo; tangível não apenas com objetos concretos, palpáveis, de fenômeno previsível. Frágeis, de pequenos confins, apontados com giz ante uma nova alteração. Na superfície de entrantes e salientes, com orifícios e aberturas que levam às profundezas íntimas, reservadas, que se ocultam e revelam nos sentidos. Assim olhamos seus contornos, atingimos seus limites, cheiramos seus odores, provamos seu gosto e podemos sentir o barulho de vozes, as nossas, quando abordam ouvidos e ambientes.
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