Ainda
Ainda que me agarre
ao que cai junto;
das alegrias imperfeitas de
algumas certas tristezas;
da única perna que
consegue dançar;
do último que se dá
quando se perde;
do que me escrevo
quando me apago;
das pequenas perguntas
maiores que eu;
do que nada disse,
dizendo;
da maçaneta solta
que fica na mão;
do que não sei contar
nem com dedos ou palavras.
Ainda me seguro
ao que chamo de
vida.
ESCRITOS DO GABRIEL
(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )
"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."
Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )
"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."
Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.
2 comentários:
Lindo poema, Gabriel!! Comovente...
Um grande abraço!
Camila
Obrigado! Outro para ti Camila... e parabéns pelo texto no Cronópios...
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