ESCRITOS DO GABRIEL

(Tentar que nossas palavras sejam, através de nós ou, quiçá, apesar de nós.
Meus textos, meus rascunhos com erros... )



"Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação."

Introdução do livro Música para Camaleões, de Truman Capote.

domingo, 11 de outubro de 2009

Cerimônias do Silêncio (7)

Ainda

Ainda que me agarre
ao que cai junto;
das alegrias imperfeitas de
algumas certas tristezas;
da única perna que
consegue dançar;
do último que se dá
quando se perde;
do que me escrevo
quando me apago;
das pequenas perguntas
maiores que eu;
do que nada disse,
dizendo;
da maçaneta solta
que fica na mão;
do que não sei contar
nem com dedos ou palavras.
Ainda me seguro
ao que chamo de
vida.

2 comentários:

Camila Fortunato disse...

Lindo poema, Gabriel!! Comovente...
Um grande abraço!
Camila

Gabriel Gómez disse...

Obrigado! Outro para ti Camila... e parabéns pelo texto no Cronópios...

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